quinta-feira, 28 de abril de 2011

Quem tem medo do Pânico 4?

Por Henrique Esper

Noite de quarta-feira, sala de cinema vazia, a máscara do misterioso assassino do filme Pânico é o que predomina na tela e na plateia... Muitas risadas! Você não leu errado e não estou fazendo piada, Pânico 4 aposta nas risadas para atrair o público e levantar algumas questões.


 O filme não esconde a linha do tempo, ele se passa dez anos após os eventos do último filme (lançado em 2000). O cenário é a pequena e familiar cidade de Woodsboro. A protagonista, Sidney Prescott (Neve Campbell), volta para sua cidade natal com o intuito de divulgar seu best-seller de autoajuda, o que causa uma ponta de inveja na repórter Gale Weathers (Courteney Cox) que finalmente casou com o xerife Dewey (David Arquette), Todos sobreviventes dos antigos filmes da franquia.

Com a volta do “Anjo da Morte”, apelido dado a Sidney, os assassinatos de Ghostface também retornam a Woodsboro. Porém, desta vez são os amigos da prima da protagonista, Jill (Emma Roberts) que são ameaçados. Com a trama estabelecida, as personagens lutam para ligar os pontos e descobrir quem é o novo assassino, que está tentando superar as mortes do primeiro Pânico.

De volta a ativa, a repórter Gale (Courteney Cox) tenta descobrir a identidade de Ghostface.

 Desde as primeiras cenas o filme mostra seu verdadeiro propósito: mostrar como se faz um verdadeiro filme de terror e arrancar risadas do público. Diálogos ácidos e muito sagazes que criticam longas do gênero, como Jogos Mortais e Premonição, e a metalinguagem para fazer referência à própria trilogia de Pânico são recursos usados frequentemente.

Tudo começa com duas garotas vendo a série de filmes Stab (facada) que representa o filme dirigido por Wes Craven, e possui sete longas. “Os três primeiros filmes são baseados na história real de Sidney Prescott, mas os outros são pura invenção” explica uma das personagens que é perseguida por um misterioso cara... No Facebook!

O passado de Sidney Prescott (Neve Campbell) volta a assombrá-la em "Pânico 4".
Neste filme, Craven não deixou de lado a geração Web 2.0. Webcams, iPhones e redes sociais não param de aparecer na tela e serem citados. Afinal, um dos objetivos do novo Ghostface é filmar os assassinatos e coloca-los na internet, questionando as celebridades instantâneas que aparecem na rede.
Com uma narrativa envolvente, cenas bem amarradas, um final surpreendente e estereótipos muito bem incorporados (a exemplo do xerife pateta e da polícia incompetente), Pânico 4 é uma boa pedida para final de semana, se você quiser dar boas risadas. Ah! Você não precisa ter assistido aos outros filmes da franquia para assistir este (apesar de torna-lo mais interessante), o longa explica tudo direitinho.

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